Cartucho lacrado de Super Mario Bros. 2 é vendido por 88 mil dólares

No estado de Indiana, nos Estados Unidos, um jogo do Mario rendeu muito mais moedas aos seus proprietários do que se poderia imaginar. Foi na pequena cidade de Floyds Knobs que uma cópia lacrada de Super Mario Bros. 2 (NES, 1988) foi encontrada em estado praticamente novo, ainda em sua embalagem original, nos fundos de uma caixa em um armário. O cartucho, considerado uma relíquia, foi a leilão e acabou sendo vendido por mais de 88 mil dólares — equivalente a 495 mil reais.

Dentro da caixa, outros jogos clássicos faziam companhia ao título, como Super Mario Bros. e Duck Hunt, de 1985, e Qix, puzzle da Taito lançado em 1981. Isto, é claro, sem contar o próprio Nintendo Entertainment System, console popularmente conhecido por aqui como "Nintendinho". Numa onda de nostalgia clássica, os jogos abertos foram testados, enquanto Super Mario Bros. 2 foi a leilão, gerando um retorno rechonchudo por conta de seu estado de conservação.

Conhecido no Japão como Super Mario USA, Super Mario Bros. 2 é uma plataforma 2D em 8 bits que coloca Mario, Luigi, Peach e Toad em uma jornada muito peculiar pela onírica Subcon, a terra dos sonhos. Tornou-se o quarto jogo mais vendido do NES, com 10 milhões de cópias no mundo todo.

Por que fizeram Super Mario Bros. 2 em cima de Doki Doki Panic?

Para quem não sabe, Super Mario Bros. 2 como conhecemos aqui no ocidente não foi intencionalmente criado como um jogo do Mario desde o início, mas sim, é uma versão repaginada do jogo Yume Kōjō: Doki Doki Panic. Esta mudança aconteceu porque, no Japão, a sequência original de Super Mario Bros. é a que viríamos a conhecer por aqui como Super Mario Bros.: The Lost Levels — um jogo muito mais difícil em relação ao seu antecessor, o que impediu que as sucursais da Nintendo no Reino Unido e nos Estados Unidos aceitassem sua distribuição.

Na época, entretanto, a Nintendo do Japão já estava trabalhando em Super Mario Bros. 3, e como ainda não haviam lançado Super Mario Bros. 2 fora do país e nem poderiam lançá-lo naquele nível de dificuldade, pensaram numa estratégia rápida e prática: pegar Yume Kōjō: Doki Doki Panic, que havia sido lançado apenas no Japão, e substituíram os sprites dos personagens originais pela turma do Mario e o batizaram de Super Mario Bros. 2. Mais para frente, a versão Mario do jogo também seria lançada no Japão, mas sob o nome Super Mario USA — um lembrete de que a repaginada havia sido feita especialmente para os consumidores da América.

A mudança acabou beneficiando, e muito, a franquia do encanador bigodudo: muitos dos inimigos, como Shy Guys, Birdos e Cactubolas, tornaram-se recorrentes nos jogos, sem falar que as habilidades e ataques que Mario, Luigi, Toad e princesa Peach herdaram dos personagens originais de Yume Kōjō: Doki Doki Panic permaneceram por muito tempo.
Eduardo Jardim

Natural de São Paulo (SP), Eduardo "Pengor" Jardim é um criador de conteúdo, ilustrador e imaginauta. Criou o Reino do Cogumelo em 2007 e desde então administra e atualiza seu conteúdo, conquistando dois prêmios Top Blog e passagens pela saudosa Nintendo World.

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