
O famoso trabalho do sr. Kondo foi um padrão na música dos videogames. O tema do Mario "tinha musicalidade. Não era somente efeitos sonoros. Ele mudava humores", diz Marty O'Donnell, diretor de áudio e parceiro em Bungie Studios, feitor da franquia Halo.
Nascido em Nagoya, Japão, Koji Kondo, 47 anos, cresceu escutando o pianista de jazz Herbie Hancock e ao compositor da música do filme "The Pink Panther", Henry Mancini. Ou seja, cresceu com os melhores. Ele ficou particularmente interessado no trabalho de Sadao Watanabe, um saxofonista japonês que tocava músicas latinas e jazz. Buscando um lugar para estudar música, Koji se juntou ao time da Nintendo em 1984 como compositor de efeitos sonoros, um ano depois da companhia começar a vender o NES, conhecido por aqui como o famoso Nintendinho. Quase que imediatamente, Koji Kondo foi lançado no projeto Super Mario Bros. por um produtor legal chamado Shigeru. Alguns anos antes, Shigeru Miyamoto havia projetado sucedidamente Donkey Kong e estava trabalhando numa seqüência. "Quando comecei na Nintendo, não havia muitas pessoas que conheciam sobre música", diz Shiggy, que agora - você sabe - é o papai da grande N.

A posição de Koji Kondo na Nintendo severamente costrasta com os procedimentos de criação de trilhas sonoras de muitos outros grandes títulos. Normalmente, os estúdios contratam alguém de fora como um compositor que muitas vezes cria o acompanhamento do plano de fundo mas não trabalha de acordo com o time de desenvolvimento. Parte da graça dos trabalhos de Koji é como ele interage com o que está na tela. Na série Super Mario Bros., por exemplo, a música vai mudar quando o personagem faz certos movimentos. Quando o jogador está ficando sem tempo, a velocidade da canção aumenta e em Super Mario World, um toque de percussão é adicionado às notas do acompanhamento de fundo quando Mario monta em um Yoshi. São fatores considerados como revolucionários pelos mestres sonoros.

Koji Kondo ficou surpreso ao saber que o tema que criou se tornou tão popular. A Nintendo of America só disse a ele no verão do ano passado sobre o tema ser o ringtone de celular mais usado de todos os tempos. "Era simplesmente impensável que a música de um jogo seria tratada como é hoje em dia".
Traduzido de The Wall Street, por Jamin Brophy-Warren