Imagem: Reprodução/Nintendo |
A Nintendo conquistou mais uma vitória em sua longa batalha contra a pirataria e a venda de dispositivos de modificação de consoles após chegar a um acordo de US$ 2 milhões em um processo movido contra Ryan Daly, morador de Michigan e responsável pela loja Modded Hardware, que oferecia consoles Nintendo Switch alterados e modchips que permitiam rodar jogos piratas.
O caso teve início em julho de 2024, quando a Nintendo apresentou uma queixa formal em um tribunal federal de Seattle. Segundo a denúncia, Daly havia sido contatado meses antes pela companhia, que exigiu que ele encerrasse as vendas dos dispositivos ilegais. Embora ele tenha inicialmente aceitado a condição, continuou oferecendo o serviço sob a justificativa de que buscava uma nova representação legal. Entre as acusações listadas estavam “tráfico de dispositivos de violação” e infração de direitos autorais. Em resposta, Daly negou qualquer irregularidade e apresentou 17 defesas diferentes — incluindo alegações de fair use e até de indução fraudulenta —, mas nenhuma dessas justificativas foi adiante.
De acordo com a denúncia original da Nintendo, os serviços da Modded Hardware iam além da simples venda de consoles alterados: o lojista também oferecia a clientes a opção de enviar seus sistemas Nintendo Switch para que fossem devolvidos já modificados, muitas vezes com jogos piratas pré-instalados. Entre os títulos mencionados estavam algumas das franquias mais conhecidas da Big N, como Super Mario, The Legend of Zelda e Metroid.
A Nintendo fechou um acordo judicial de US$ 2 milhões contra o lojista e modder de Switch Ryan Daly — que, mesmo apresentando 17 defesas diferentes, não teve sucesso contra os advogados da Nintendo, e está permanentemente proibido de manipular, vender ou promover seus modchips. pic.twitter.com/FgUSU1rINw
— Reino do Cogumelo (@reinodocogumelo) September 8, 2025
Agora, com o acordo firmado, Daly terá de pagar US$ 2 milhões e está permanentemente proibido de manipular, vender ou promover qualquer tipo de console ou dispositivo modificado, além de não poder oferecer informações que auxiliem terceiros a realizar tais práticas.
Este episódio se soma a uma lista extensa de embates legais da Nintendo contra modificações e pirataria. Nos últimos anos, a companhia também já moveu ações contra grupos responsáveis por sites de ROMs e contra distribuidores de recursos desbloqueadores. Embora essas iniciativas sejam frequentemente alvo de debates acalorados na comunidade gamer, elas nunca falham em demonstrar a postura firme da empresa ao proteger suas propriedades intelectuais.
Via VGC