Arte conceitual do live-action Super Mario Bros. (1993) revela forma "regredida" da princesa Daisy

Imagem: Super Mario Bros. The Movie Archive • Reprodução/Walt Disney Studios

Lançado às profundezas do esquecimento pelos fãs e pela própria retentora de seus direitos, o filme em live-action Super Mario Bros., exibido nos cinemas do mundo todo em 1993, adotou uma abordagem um tanto quanto diferente para adaptar a franquia de videogames, com maquiagem, cenários, enredo e todo um sentimento que nos remetem mais a um universo distópico dos imaginários sci-fi e cyberpunk do que às mágicas e multicoloridas aventuras propostas pelos desenvolvedores japoneses dos games.

Porém, mesmo com um casal de diretores em constante dissonância e inúmeras reescritas de roteiro, é impossível não admitir que o longa-metragem, produzido por uma extinta divisão da Disney, a Hollywood Pictures, tornou-se uma pérola da Sessão da Tarde cuja existência impressiona os mais incrédulos até hoje; um fenômeno cult com peculiaridades inimitáveis — como, por exemplo, a linhagem reptiliana de uma das protagonistas da história.

Forma "regredida" da princesa Daisy de Super Mario Bros. (1993) é revelada em antigo storyboard

No filme, uma das personagens mais relevantes para o desenvolver da história é Daisy, interpretada pela nova-iorquina Samantha Mathis. Inicialmente retratada como uma jovem apaixonada por paleontologia e ainda desconhecedora de sua própria realeza, Daisy foi deixada por sua mãe, ainda bebê, na porta da catedral de Santa Teresa d'Ávila, no Brooklyn, em uma atitude desesperada de salvá-la do caos crescente no mundo paralelo de Dinohattan.

Os mais atentos aos primeiros eventos do filme se recordarão que Daisy saiu de dentro de um ovo. Isso confirma que, assim como todos os demais Dinohattanites (como são chamados os habitantes do universo paralelo de Dinohattan), Daisy também é o topo de uma linha evolucionária que descende especificamente dos répteis. Ou seja, apesar de se espantar com os traços reptilianos do presidente Koopa em determinadas ocasiões do filme — e, claro, com a assustadora atuação do eterno Dennis Hopper —, tanto Daisy quanto o vilão da história são da mesma espécie.

A genealogia da princesa Daisy de Super Mario Bros. é confirmada especificamente em um antigo storyboard do filme compartilhado pelos dedicados membros do site Super Mario Bros. The Movie Archive em seu grupo oficial no Facebook. A ilustração conceitual mostra Daisy sendo exposta a um "estranho aparelho de tomografia computadorizada" que confirmaria não somente sua descendência reptiliana, como também uma de suas formas evolucionárias mais primitivas — em outras palavras, a imagem revela como seria a aparência de Daisy se, em algum momento do filme, ela fosse exposta à câmara de regressão do Koopa.

Confira a storyboard logo abaixo:

Imagem: Reprodução/Super Mario Bros. The Movie Archive

Na versão final da história como a conhecemos, Daisy nunca teve de ser submetida à câmara de regressão; logo, nunca tivemos a oportunidade de vê-la em seu estado primitivo. E graças a este vislumbre, podemos adicionar este conceito ao fluxo das nossas imaginações.

Infelizmente, o mesmo não pode ser dito de seu pai, o rei de Dinohattan, que foi exposto a uma sobrecarga de regressão tão grande que o reduziu ao estágio fúngico; ou de Toad, interpretado pelo saudoso Mojo Nixon, que foi transformado em um Goomba e, simplesmente, esquecido pelo roteiro.

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Eduardo Jardim

Natural de São Paulo (SP), Eduardo "Pengor" Jardim é um criador de conteúdo, ilustrador e imaginauta. Criou o Reino do Cogumelo em 2007 e desde então administra e atualiza seu conteúdo, conquistando dois prêmios Top Blog e passagens pela saudosa Nintendo World.

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