Epidemias dos Video Games

A gripe do porco está por aí! Corram para as montanhas!! O temor global sobre o vírus H1N1 tem sido uma história principal de jornais, mas os jogadores não estão tão desacostumados a pandemias globais e doenças estranhas. Ao longo dos anos, os jogadores têm sido tratados como pandêmicos virtuais, variando de pragas de zumbis mutagênicos a armas biológicas centradas. Venha conosco à sala de arquivo do Hospital do Cogumelo e se junte à nossa jornada para descobrir as pandemias ficcionais. Cuidado com as imagens fortes, zumbis à frente!

Disenteria
Muitos dos jogadores do novo milênio podem não ter jogado Oregon Trail, o título educacional que trouxe os jogos às salas de aula americanas em 1971, mas acredite: era uma experiência cruciante. Seu gado virtual podia perecer de muitos modos, por alimentos, ataques ou buracos, mas talvez o pior foi a disenteria, a doença digestiva que parecia ser, e era, inevitável no velho oeste. Claro, não vai te transformar num zumbi, mas qualquer um que jogou Oregon Trail sabe como é o calafrio gélido que vem quando você recebe a notícia de que um dos seus bois sucumbiu a isso.

A Praga de Orochi
Nunca espalhar o mal teve esse estilo. O demônio de oito cabeças, Orochi, libera uma doença sobre a anciente Nippon no jogo Okami, para PS2, forçando um confronto contra Amaterasu, a deusa do sol. A praga de Orochi se manifesta escurecendo tudo o que é verde e bonito na terra, e ver esses terrenos serem substituídos de volta pela grama, as flores e as outras maravilhas naturais quando você salva diferentes pedaços do mundo do jogo é motivação o bastante pra entrar na jornada de Amaterasu.

Vírus Evolucionário Forçado
Encontrar aberrações transformadas no que restou de uma zona de guerra nuclear não é tão surpreendente, mas a série Fallout misturou as coisas trazendo elementos virais à jogabilidade. O Vírus Evolucionário Forçado foi criado primordialmente como um meio de proteger os soldados contra um possível ataque biológico chinês, mas nas mãos do hediondo Master, acabou sendo o catalisador da criação de super mutantes altamente evoluídos (embora grotescos e inúteis). Foi mais tarde adaptado para ser um patógico letal que quase matou todos na costa oeste graças ao Enclave. Nota: se você vir um recipiente de meleca verde, fique longe.

Creeping Derangea
A maioria das doenças te mata de um jeito horrível. Com Creeping Derangea, uma arma biológica criada pela IDS no jogo de estratégia pós-apocalíptico Advance Wars: Days of Ruin, não é diferente. Inicialmente só sendo capaz de infectar menores de vinte anos, Creeping Derangea faz com que flores cresçam dentro do corpo e arrebentem a pele. É excruciantemente doloroso, mas hey, pelo menos ninguém vai precisar levar flores pro teu funeral!

Vírus Chimera
Em temos de impacto mundial, o Vírus Chimera é a mãe das doenças, remodelando a metade do século 20 em Resistance: Fall of Man. Aparecendo primeiro depois do evento Tunguska (uma explosão misteriosa na Sibéria que se pensava ser o impacto de um meteoro), o vírus se espalhou pela Europa, transformando humanos em monstros horríveis que mais tarde retornariam à sua forma anterior. É claro, você pode ter a sorte de Nathan Hale e terminar com habilidade sobre-humanas graças à infecção do Vírus Chimera, mas dado a tantas estranhezas envolvidas no acontecimento (e ao destino eventual de Nathan Hale), é melhor ser evitado.

Simbionte Venom
Como se não fosse ruim o bastante ter um Eddie Brock infectado por um simbionte alienígena correndo por aí e causando destruição, Spider-Man: Web of Shadows traz um pânico geral em Nova York pela meleca preta e extraterrestre transformar civis em criaturas zumbis e super-seres em versões mais nojentas de si mesmos. Seja lá o que você pensou do jogo, ver uma Manhattan virtual sendo atemorizada por uma cria de Venoms foi um dos melhores conceitos de Web of Shadows, e fez o salvamento de cada cidadão infectado ser uma vitória colossal ao amigão da vizinhança, o Homem-Aranha.

Hemofilia Porfírica
Hemo-o quê? Qual é a doença estranha agora? Esta condição nojenta é o vampirismo na versão de Oblivion, a qualquer um que tenha passado tempo significante em Cyrodiil já correu desesperado por causa disso pelo menos uma vez. Diferente de outras doenças nesta lista, o vampirismo em Oblivion na verdade não é tão ruim, considerando certas estatísticas e probabilidades extras. É claro, você também pode ser danificado pelo sol, precisa se alimentar de outros humanos e pode ser atacado por guardas da cidade, dependendo do quanto a infecção estiver te atingindo.

FoxDie
Como diz a mitologia de Metal Gear Solid, de onde surgiu, o vírus FoxDie tem uma história longa e retorcida. Foi projetado como uma arma biológica, capaz de acertar o DNA específico de um indivíduo e induzir parada cardíaca. Devido às variações na fisiologia de Solid Snake, entretanto, o vírus se transformou e se tornou capaz de matar aleatoriamente e possivelmente erradicar a humanidade como a conhecemos. Então, foi mudada de novo, o que cancelou a mutação original. É tudo muito confuso, mas é assim que parecem os jogos da série Metal Gear se não estiver disposto a prestar atenção. A conclusão é, o FoxDie não é um vírus qualquer.

T-Vírus
Talvez a doença mais conhecida do mundo dos jogos, o vírus "Tyrant" da Corporação Umbrella tem criado zumbis mutagênicos por mais de 13 anos. Primeiramente aparecendo no original Resident Evil, o T-vírus foi fabricado como um meio de produzir a arma biológica perfeita, mas passou a estabelecer necro-resíduos para os cidadãos de Raccoon City, a região das Montanhas Arklay e certas ilhas desconhecidas. Apesar das várias intervenções da S.T.A.R.S. e outras medidas, que continuam a fortalecer o distúrbio, a franquia Resident Evil continua a ser um dos melhores jogos de terror sobrevivente que há por aí.

Doença de Metakoro
Largando de mão esse lance nojento de armas biológicas e monstros horríveis, vamos ao que realmente tem a ver com o blog. A doença de Metakoro é uma doença que se espalhou pelo Reino do Cogumelo em Mario & Luigi: RPG 3!!!. Quando atingidos por essa doença, os residentes do Reino, principalmente Toads, incham e crescem exponencialmente, em formato de esfera. É causado por um suplimento alimentar envenenado. A Vacina Miraculosa (Miracle Vaccine) é a única cura para a doença preocupante, que é estudada por personagens como Yellow Star e Dr. Kokino. Ainda não se sabe se Fawful foi o responsável ou se teve qualquer coisa a ver com essa doença, mas eu não ligo: qualquer um que usa uma capa e um óculos fundo de garrafa, praticamente pede pra levar pau.

Febre Bean
De volta em Mario & Luigi: Superstar Saga, havia uma condição endêmica no Reino de Beanbean, chamada Bean Fever. Pior que se transformar em zumbis e monstros, essa febre faz com que uma pessoa ou criatura se transforme num feijão, durante três dias. A febre Bean, apesar de ter o nome do reino vizinho do Cogumelo, pode ser contraída por estrangeiros. É causada pela ingestão de comidas regionais que não são familiares, como o Invincishroom. Mario adquiriu essa terrível doença enquanto estava em Little Fungitown. Mas por um lado, foi bom, porque deu ao Mario algum descanso, e ao Luigi a chance de brilhar sozinho numa missão para encontrar a cura, uma erva chamada Crabbie Grass, com um gosto tão ruim quanto chá de boldo macerado. Mas se eu fosse o Mario, teria medo de ir parar dentro de uma panela de feijoada acidentalmente.

Vírus
É isso, pura e simplesmente... vírus. Eles não têm nomes específicos, porque são os caras, os pais das viroses e pandemias dos video games. Esses microorganismos contagiosos atacaram o Hospital do Reino do Cogumelo, porque eles são demais, foram direto no lugar para desafiar a medicina. Mas a medicina passou a ter um novo nome. Dr. Mario Mario. Trocando o macacão por um jaleco, Mario desenvolveu MegaVitaminas (são remédios, não fortificantes que se bate no liquidificador...), que quando combinadas com as cores do vírus, são capazes de eliminá-lo. O que faz do Mario ainda mais incrível do que eles. Não mexa com o Dr. Mario, ele nem é um médico de verdade, e por isso tem permissão pra chutar o teu traseiro.
Eduardo Jardim

Natural de São Paulo (SP), Eduardo "Pengor" Jardim é um criador de conteúdo, ilustrador e imaginauta. Criou o Reino do Cogumelo em 2007 e desde então administra e atualiza seu conteúdo, conquistando dois prêmios Top Blog e passagens pela saudosa Nintendo World.

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