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| Imagem: Reprodução/Nintendo |
Na manhã do dia 11 de julho de 2015, o mundo dos games ficou mais silencioso. Foi nessa data, há exatos dez anos, que perdemos Satoru Iwata, o carismático presidente da Nintendo que transformou a maneira como jogamos, sentimos e nos conectamos com os videogames. Aos 55 anos, Iwata faleceu devido a complicações causadas por um tumor no ducto biliar, deixando para trás um legado que ainda ecoa nas mãos e memórias de milhões de jogadores ao redor do planeta.
Mais do que um executivo, Iwata era um programador apaixonado, um comunicador nato e, acima de tudo, um jogador como nós. Formado em ciência da computação, começou sua carreira na HAL Laboratory, onde ajudou a desenvolver clássicos como Kirby’s Dream Land, Balloon Fight e EarthBound. Seu talento técnico era tamanho que, mesmo anos depois de assumir cargos executivos, continuava metendo a mão na massa — como quando otimizou, pessoalmente, o código de Pokémon Gold & Silver com um algoritmo de compressão/descompressão para acelerar o tempo de carregamento e suavizar o ritmo do jogo.
Em 2002, assumiu a presidência da Nintendo, tornando-se o primeiro líder da empresa que não fazia parte da família Yamauchi. Foi sob sua gestão que nasceram consoles como o Nintendo DS, o Wii, o 3DS e o Wii U — sistemas que arriscaram, encantaram e definiram novos públicos, abrindo as portas do universo Nintendo para jogadores de todas as idades e experiências.
Mas não era só nas decisões criativas que Iwata brilhava. Ele cultivava uma relação única com os fãs, falando diretamente com o público em transmissões como a Nintendo Direct e nos inesquecíveis episódios da série Iwata Asks, nos quais entrevistava desenvolvedores com entusiasmo genuíno e curiosidade sincera: "no meu coração, eu sou um gamer". Essa foi uma de suas frases mais célebres — e talvez a que melhor resuma o impacto deixado por ele. Satoru Iwata acreditava que os jogos podiam unir as pessoas, e seu trabalho foi uma constante busca por tornar isso possível, acessível e memorável.
Hoje, relembramos com saudade, mas também com gratidão, a trajetória de um homem que jamais quis ser o protagonista — mas que, ao final, se tornou uma lenda insubstituível no coração da indústria. Diretamente até você, obrigado, Iwata!