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| Imagem: Reprodução/Nintendo |
Embora não ostente gráficos ultrarrealistas, o visual de Donkey Kong Bananza é bastante impressionante, utilizando o maior poder do Nintendo Switch 2 para gerar ambientes que podem ser quase que totalmente destruídos pelo jogador. Essa jogabilidade também exige muito do poder de processamento do console — e por essa e outras razões, o projeto deste jogo acabou sendo movido do Nintendo Switch para o Nintendo Switch 2.
Falando sobre as dificuldades técnicas que levaram a esta transferência do projeto de Donkey Kong Bananza entre os consoles à revista japonesa Nintendo Dream, o codiretor de desenvolvimento Wataru Tanaka, o artista Daisuke Watanabe e o produtor Kenta Motokura revelaram porque não foi possível concluir o desenvolvimento do game para o Nintendo Switch. Leia as declarações deles logo abaixo.
Nintendo Dream: Desta vez, o jogo era para Nintendo Switch 2, e eu realmente senti o aumento das especificações do Nintendo Switch em relação à quantidade de fragmentos do terreno espalhados e coisas do tipo, mas isso tornou o desenvolvimento mais difícil?Tanaka: Em vez de dizer que era mais difícil, eu pensaria se conseguiríamos fazê-lo no Switch original. Da perspectiva de um programador, a capacidade de memória seria muito limitada, e acho que seria difícil trazer os estágios expansivos que criamos para o Nintendo Switch.Quanto às diferenças com o Nintendo Switch 2, a equipe diria coisas como 'podemos ter uma taxa de quadros de 60fps?', 'podemos aumentar a quantidade de objetos destrutíveis com os quais o jogador pode interagir?', 'será mais fácil projetar e criar níveis com reações em cadeia de destruição?'. Então, no geral, a reação foi muito positiva, pois houve um aumento do que conseguimos fazer.Nintendo Dream: Em uma entrevista "Pergunte ao Desenvolvedor", você mostrou imagens do jogo desenvolvido para Nintendo Switch e parecia que estava quase pronto. O jogo naquela época e o de agora eram praticamente os mesmos?Tanaka: A estrutura básica do jogo era a mesma, mas ainda estava em desenvolvimento, e os andares inferiores ainda não haviam sido construídos. Chegou um momento em que pensamos que, se continuássemos a fazer o jogo assim até o fim, talvez não fosse possível.Watanabe: Naquela época, o jogo estava em um estado em que a taxa de quadros não mantinha 30fps estáveis, então, a sensação e a resposta eram muito diferentes. Acho que não parecia o mesmo jogo que temos agora.Motokura: Até mesmo a expressão da sombra estava em um estágio onde não tínhamos certeza se conseguiríamos adicioná-la. Já houve momentos em que, como quando saiu muito ouro, o processamento não conseguiu acompanhar, então, fiquei surpreso ao pensar que a máquina estava sendo levada ao limite de sua capacidade.Tanaka: Não era tanto pela quantidade de ouro, mas sim pela intensidade na mudança das imagens (voxels). Estávamos apenas começando a abordar o lado técnico disso e pensamos que ainda haveria muitas mudanças conforme o desenvolvimento continuasse.Nintendo Dream: Então, não a aparência do terreno em si, mas é o material do terreno que altera o processamento dos voxels?Tanaka: Sim, é isso mesmo. Ao socar ou cavar o solo, você vê fragmentos se quebrando e rolando. Nesse momento, nos bastidores, um processamento intenso acontece para garantir que os fragmentos tenham boas formas e se espalhem de forma satisfatória.
Lendo estas declarações, fica mais do que claro que um jogo do porte de Donkey Kong Bananza jamais seria possível de ser jogado no Nintendo Switch, ou então, seria uma versão com desempenho bastante precário — e a Nintendo preza muito pelo desempenho estável de seus títulos, especialmente em se tratando de uma franquia tão importante como Donkey Kong.
E você, leitor(a), acredita que os desenvolvedores tomaram uma decisão acertada ao mover o projeto de Donkey Kong Bananza do Nintendo Switch para o Nintendo Switch 2? O que pensa sobre o desempenho deste jogo no novo console da Nintendo? Comente!