Há dois dias, a Nintendo enviou um comunicado à imprensa informando sobre a vitória num tribunal australiano sobre um homem acusado de piratear New Super Mario Bros. Wii, e sobre como este homem agora deve 1,5 milhão de dólares à companhia.
Em novembro do ano passado, a Nintendo disse que era capaz de "empregar o uso de habilidades tecnológicas sofisticadas" pra capturar o homem, James Burt, 24 anos, que foi condenado por fazer o upload da primeira cópia pirateada de New Super Mario Bros. Wii na internet. Burt - um simples homem, não uma companhia ou grupo - agora deve pagar à grande N uma taxa de 1.5 milhão de dólares australianos, que traduz como 1.5 milhão de dólares americanos, "pra compensar a Nintendo pela perda das vendas causadas pelas ações individuais".
Sim, este homem é um pirata que deve ser punido, mas falamos de um jogo que vendeu mais de 10 milhões de cópias em menos de 3 meses. Será que tem algo de errado nessa história?
Ontem, uma matéria do site australiano The Sydney Morning Herald* representou o homem em questão, James Burt, com uma foto dele terrivelmente contrito. Também houve um artigo no programa australiano "A Current Affair"*, no qual Burt é entrevistado, novamente com cara de filhote abandonado. O programa traz um tom pesado de alerta às famílias pra que não sustentem jogos pirateados, e até mesmo traz Rose Lappin, da Nintendo da Austrália, dizendo uma curta mensagem anti-pirataria.
Agora, este programa, tal como a mídia australiana em geral, parece suportar o que os americanos chamam de "Aussie Battler", um "batalhador australiano", um coloquialismo usado pra se referir aos indivíduos de classe trabalhadora ou mediana que perseveram através de seus compromissos apesar das adversidades; normalmente, esta adversidade compreende os desafios dos baixos salários, compromissos familiares, dificuldades ambientais e falta de reconhecimento pessoal. É um termo de respeito e carinho com o objetivo de autorizar e reconhecer aqueles que se sentem como se existissem no fundo da sociedade. Noves fora nada, haveria questões sérias sobre esta punição ser justa ou não. Já na América, a mídia serve como uma torre de transmissão, repetindo a mensagem anti-pirataria da Nintendo a milhões de australianos que não estariam cientes sobre o problema.
Essa pode ser a maior história de interesse humano da semana, mas ainda assim, algo não parece certo. A multa de 1,5 milhão de dólares americanos não foi proferida por um juiz, e sim, negociada fora do tribunal, em acordo direto com a Nintendo. Será mesmo que um homem de 24 anos, que trabalha em meio expediente em uma empresa de transporte de mercadorias e vive com seus pais, realmente concorda com uma solução que o vê obrigado a arruinar toda sua vida financeira? E em seguida, passar a semana toda se tornando uma "celebridade" temporária enquanto seu nome é publicamente sujo como um criminoso?
Eu acho que não. Considere isto, então, como um cenário potencial: Burt não deve nem um centavo à Nintendo. Ou, pelo menos, ele não os deve nada próximo a 1 milhão e meio. Visto que a Nintendo mantém uma forte propaganda contra piratas de jogos, há suspeitas de que a gigante japonesa tenha forjado o processo todo: resolvendo tudo fora dos tribunais, punindo severamente um homem que fez algo errado e levantando uma enorme mídia em torno dele mostrando o quanto ele estava arrependido. Será um olhar errôneo sobre um processo real e extremamente massivo? O que você acha?
Em novembro do ano passado, a Nintendo disse que era capaz de "empregar o uso de habilidades tecnológicas sofisticadas" pra capturar o homem, James Burt, 24 anos, que foi condenado por fazer o upload da primeira cópia pirateada de New Super Mario Bros. Wii na internet. Burt - um simples homem, não uma companhia ou grupo - agora deve pagar à grande N uma taxa de 1.5 milhão de dólares australianos, que traduz como 1.5 milhão de dólares americanos, "pra compensar a Nintendo pela perda das vendas causadas pelas ações individuais".
Sim, este homem é um pirata que deve ser punido, mas falamos de um jogo que vendeu mais de 10 milhões de cópias em menos de 3 meses. Será que tem algo de errado nessa história?
Ontem, uma matéria do site australiano The Sydney Morning Herald* representou o homem em questão, James Burt, com uma foto dele terrivelmente contrito. Também houve um artigo no programa australiano "A Current Affair"*, no qual Burt é entrevistado, novamente com cara de filhote abandonado. O programa traz um tom pesado de alerta às famílias pra que não sustentem jogos pirateados, e até mesmo traz Rose Lappin, da Nintendo da Austrália, dizendo uma curta mensagem anti-pirataria.
Agora, este programa, tal como a mídia australiana em geral, parece suportar o que os americanos chamam de "Aussie Battler", um "batalhador australiano", um coloquialismo usado pra se referir aos indivíduos de classe trabalhadora ou mediana que perseveram através de seus compromissos apesar das adversidades; normalmente, esta adversidade compreende os desafios dos baixos salários, compromissos familiares, dificuldades ambientais e falta de reconhecimento pessoal. É um termo de respeito e carinho com o objetivo de autorizar e reconhecer aqueles que se sentem como se existissem no fundo da sociedade. Noves fora nada, haveria questões sérias sobre esta punição ser justa ou não. Já na América, a mídia serve como uma torre de transmissão, repetindo a mensagem anti-pirataria da Nintendo a milhões de australianos que não estariam cientes sobre o problema.
Essa pode ser a maior história de interesse humano da semana, mas ainda assim, algo não parece certo. A multa de 1,5 milhão de dólares americanos não foi proferida por um juiz, e sim, negociada fora do tribunal, em acordo direto com a Nintendo. Será mesmo que um homem de 24 anos, que trabalha em meio expediente em uma empresa de transporte de mercadorias e vive com seus pais, realmente concorda com uma solução que o vê obrigado a arruinar toda sua vida financeira? E em seguida, passar a semana toda se tornando uma "celebridade" temporária enquanto seu nome é publicamente sujo como um criminoso?
Eu acho que não. Considere isto, então, como um cenário potencial: Burt não deve nem um centavo à Nintendo. Ou, pelo menos, ele não os deve nada próximo a 1 milhão e meio. Visto que a Nintendo mantém uma forte propaganda contra piratas de jogos, há suspeitas de que a gigante japonesa tenha forjado o processo todo: resolvendo tudo fora dos tribunais, punindo severamente um homem que fez algo errado e levantando uma enorme mídia em torno dele mostrando o quanto ele estava arrependido. Será um olhar errôneo sobre um processo real e extremamente massivo? O que você acha?
Putz...
ResponderExcluirDepois disso nunca mais baixo ROMs pro meu DS...
LOL, não baixar roms pra DS? Prenderam alguém por baixar, por acado?
ResponderExcluirAcaso*
ResponderExcluircomo o datena diz cadeia nele!
ResponderExcluirguilherme,baixa tranquilo.
ResponderExcluiraquilo tudo foi tramado e foi para colcar medo em quem baixasse. e nem no brasil deve haver uma lei para quem usa produto pirata.JA VIU O PREÇO DE JOGO DE DS NO BRASIL?? ACHO QUE 95% de quem usa ds usa flashcard.e não uso por causa de priratear.e que não tenho$$ pra comprar jogos. comprar o ds ja foi dificil,imagine jogos caros?? porque a sony não pune quem vende se até lojas de shoping vendem ps2 desbloqueado?? ai tenho certza que grande parte da gente desse blogtem ps2 desbloquado. ate o forum nds fala sobre flashcards. a pirataria não vai acbar pelo menos no brasil.