Em financiamento coletivo, enciclopédia visual de Super Mario Bros. (1993) busca preservar o legado da adaptação

Imagem: Reprodução/Buena Vista Pictures/Hollywood Pictures

Em 2028, o filme live-action Super Mario Bros. (1993) completará 35 anos. Muito além de um simples marco cronológico, trata-se de uma oportunidade para refletir sobre a trajetória de uma obra que, rejeitada em seu lançamento, conquistou ao longo do tempo um lugar singular na história do cinema contemporâneo: o de obra cult, cuja ousadia estética e narrativa continua a instigar debates entre fãs, pesquisadores e historiadores da mídia.

É nesse contexto que surge a mais recente iniciativa de Steven Applebaum, do Super Mario Bros. The Movie Archive, responsável por resgatar, documentar e divulgar materiais relacionados ao filme. O autor anunciou recentemente a produção de uma enciclopédia visual dedicada exclusivamente à obra de 1993. O projeto prevê não apenas o levantamento de documentos e imagens de bastidores, mas também a realização de entrevistas inéditas com figuras centrais na criação do longa — entre elas os roteiristas Parker Bennett, os diretores Annabel Jankel e Rocky Morton, além de membros do elenco como John Leguizamo (Luigi), Samantha Mathis (Daisy), Fiona Shaw (Lena), Richard Edson (Spike) e Francesca P. Roberts (Big Bertha).

Embora recebido de forma negativa pela crítica e pelo público de sua época, o filme se consolidou como peça-chave para a compreensão das dificuldades e possibilidades das adaptações cinematográficas de videogames. Sua ambientação sombria, distante do colorido habitual do Reino Cogumelo, e o experimentalismo visual que conjugava efeitos práticos e digitais de ponta — entre os primeiros a empregar técnicas como o scanner Kodak Cineon e o sistema Autodesk Flame de composição — conferem-lhe um lugar privilegiado na história técnica do cinema.

O novo projeto do Super Mario Bros. The Movie Archive demanda aproximadamente US$ 22.000, destinados a financiar as entrevistas e a produção de um artbook de alta qualidade editorial. A proposta é clara: registrar, de maneira sistemática e documentada, memórias e materiais que correm o risco de se perder caso permaneçam restritos a arquivos pessoais ou lembranças fragmentárias.

Para estimular a participação, o coletivo estruturou recompensas em diferentes níveis de contribuição:

• US$ 50: nome creditado no livro e uma miniatura do Yoshi realista que aparece no filme;
• US$ 100: todas as recompensas anteriores + uma cópia física da enciclopédia (com acréscimo de US$ 25 para envio internacional);
• US$ 200: todas as recompensas anteriores + uma Polaroid de continuidade de figurino usada na produção do filme.

A enciclopédia visual de Super Mario Bros. (1993) é um esforço de preservação que reivindica para o filme um espaço legítimo na história do cinema e da cultura midiática. Como sintetizam os próprios organizadores, o objetivo é “garantir o legado do filme”, não apenas para os fãs, mas para estudiosos e para as futuras gerações que desejarão compreender a evolução das adaptações de videogames e o lugar que essa obra ocupa no imaginário coletivo.

Para fazer uma doação para o projeto, basta acessar a página do GoFundMe. Você também pode acompanhar o progresso da arrecadação de fundos através da conta do Super Mario Bros. The Movie Archive no X. Confie no fungo!