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Imagem: Reprodução/Nintendo, RitorDP, Rare Life/Pinterest |
Em uma publicação de Natal dedicada aos usuários participantes do canal de WhatsApp do Reino do Cogumelo, entre tantas reações, não pude deixar de notar um singular emoji de choro. Em meio às tantas estrelas e corações, estava ali a expressão de um seguidor anônimo que, infelizmente, não via naqueles desejos natalinos algo positivo.
Isso me pôs a ponderar: o Natal, uma época naturalmente associada aos sentimentos de gratidão, caridade, amor e união, infelizmente traz a certas pessoas um sentimento contrário. A superestrela, quando içada ao ponto mais alto da árvore de Natal, não as torna invencíveis — mas vulneráveis.
Neste ano, aconteceu uma verdadeira montanha-russa de vagoneta na minha vida, com seus pontos altos, recompensas e grandes vãos sobre os quais eu fui forçado a atravessar. Por um lado, os acontecimentos mais felizes e sacramentais da minha vida tomavam palco na minha paróquia local — incluindo o meu casamento com a Sra. Jardim, Viviane, que consideramos um verdadeiro superespetáculo!
Por outro lado, minha avó materna, dona Raimunda, retornou, pouco tempo depois, aos átrios do Criador, tornando-se uma das tantas estrelinhas do céu — algo que marcou profundamente a família, especialmente seus filhos, minha mãe e meus tios, que hoje se esforçam para criar novas memórias de Natal sem a sua presença física pela primeira vez em mais de 80 anos.
Em contraste a essa mudança na expectativa individual das pessoas para as festas de fim de ano, aqui vai uma súplica: não desista. Continue se esforçando para seguir em frente, montar a árvore e adorná-la com ornamentos, cartas e presentes, cozinhar gostosuras sazonais, manter acesas as luzes de Natal — especialmente dentro de si. Não deixe de escrever novas páginas. Faça isso não somente para aqueles que ainda estão com você fisicamente, mas em memória de todos aqueles que lhes eram caros e que hoje, e em todos os dias que hão de vir, continuam a iluminar não somente os nossos passos, mas os mais belos confins das nossas memórias.
Um feliz Natal a todos! Independente do que possa ter acontecido na sua vida ou na sua família, nunca deixe de buscar pelo verdadeiro sentido do Natal — uma época em que se celebra a vitória da vida, tanto nossa quanto daqueles que desfrutaram de seu benefício enquanto submissos ao tempo, procurando sempre entesourar as suas memórias.
Estes são os meus desejos de Natal a todos: que haja um The Overthere para todos nós.