Mulheres maquiadas influenciaram o design final do sistema Virtual Boy, segundo declaração de seu criador

Um dos principais motivos para o retumbante fracasso do sistema "portátil" Virtual Boy, lançado pela Nintendo em julho de 1995 - além do fato de seus games só exibirem imagens nas cores vermelho e preto -, foi o seu design. Afinal, curvar-se sobre um visor com duas lentes montado sobre um tripé enquanto realiza comandos através de um controle de videogame realmente não parece ser uma experiência muito agradável. Uma entrevista concedida à revista EDGE no início de 1995 pelo célebre Gunpei Yokoi, criador deste controverso sistema de realidade virtual da Nintendo, esclarece um pouco esta intrigante questão sobre o design do aparelho. A explicação que foi dada por Yokoi é certamente bastante curiosa, em especial por abordar a utilização do aparelho por mulheres maquiadas.

Nós não achamos que um visor acoplado à cabeça seria necessário para um sistema de realidade virtual que não usa nenhum tipo de funcionalidade de rastrear movimentos. Estamos preocupados sobre os possíveis perigos da tecnologia HMD [visor que se encaixa na cabeça], mas também consideramos o fato de que se uma mulher com maquiagem for usar o design de visor montado à cabeça, a próxima pessoa ficaria hesitante em usá-lo! Então nós mudamos o design para que você possa apenas olhar no aparato de visão e ainda apreciar a experiência 3D. O formato padrão foi mostrado na feira Shoshinkai, mas nós temos planos para um adaptador que permita acoplar aos ombros, para que você não precise de uma mesa ou escrivaninha para usar o sistema.

A informação acima foi publicada no famoso e aclamado livro Os Mestres do Jogo, de David Sheff, que traz detalhes fascinantes sobre a gloriosa entrada e ascensão da Nintendo no mundo dos games, uma leitura obrigatória para qualquer fã da criadora de Super Mario. Agora se esta declaração do saudoso Gunpei Yokoi foi apenas uma forma de "maquiar" seu próprio descontentamento com a aparência do malfadado Virtual Boy, nós provavelmente nunca teremos total certeza. E você, o que pensa sobre o assunto, leitor(a)? Comente!

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