Criar um game como esse, capaz de inspirar e gerar harmonia e caos com o simples toque de uma caneta na tela de um controle, certamente não foi uma tarefa fácil para os desenvolvedores. Mas sem dúvida foi extremamente divertida. Entrevistados pelo site Polygon, o produtor Takashi Tezuka e o diretor Yoshikasu Yamashita fizeram uma revelação surpreendente sobre o início do desenvolvimento de Super Mario Maker.
Foi durante este período que figuras do alto escalão da Nintendo trouxeram para o setor de desenvolvimento uma pilha de brinquedos infantis para que os desenvolvedores brincassem com eles. A intenção real desta curiosa iniciativa era descobrir quais eram os brinquedos que mais recebiam atenção da equipe, e quais eram aqueles que não agradavam. A ideia era tirar os desenvolvedores da sua zona de conforto, fazendo-os interagir com estes brinquedos, e tirar da experiência conceitos originais para serem incluídos em Super Mario Maker.
A ideia deu tão certo que o time de desenvolvimento conseguiu elaborar uma entusiasmada lista com 160 formas diferentes de se jogar o game baseadas nos brinquedos, e tiveram de decidir então quais delas seriam utilizadas, e quais seriam descartadas. Tezuka salientou que, para criar Super Mario Maker, os desenvolvedores se sentiram livres para incluir "coisas estranhas", e não houve a preocupação de que tudo se encaixasse perfeitamente ao universo geral da série Mario. Afinal, com o alto nível de liberdade de criação que seria proporcionado aos jogadores, seria impossível calcular todos os resultados, e eles queriam que o game tivesse um forte impacto nas pessoas.
Nós realmente queríamos criar um tipo de jogo memorável e que tivesse um impacto duradouro nas pessoas. E eu acho que estes elementos estranhos são uma forma de conseguir isso. - Takashi Tezuka, produtor de Super Mario Maker
Via Polygon