Kensuke Tanabe explica o "jeito Nintendo" de criar games


O primeiro grande trabalho do desenvolvedor Kensuke Tanabe na Nintendo foi como diretor de criação do game Super Mario Bros. 2, lançado para o NES em 1988, e desde então ele se envolveu na produção de muitos amados clássicos, como Super Mario Bros. 3, Donkey Kong Country, Super Mario RPG: Legend of the Seven Stars, The Legend of Zelda: A Link to the Past, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Metroid Prime, Luigi's Mansion: Dark Moon, Donkey Kong Country: Tropical Freeze, entre muitos e muitos outros.

Com tanta experiência na concepção de alguns dos títulos mais reverenciados da gigante japonesa, obviamente Tanabe pode falar com extrema propriedade sobre a maneira diferenciada pela qual a Nintendo desenvolve seus games. E foi exatamente sobre este assunto que ele falou durante entrevista concedida ao site Gamasutra, trazendo revelações bem interessantes que você pode conferir logo abaixo.

Na Nintendo, em si, eu acredito que nós criamos games de uma forma muito única. Primeiro, nós não criamos um monte de documentos quando vamos realizar o desenvolvimento de um game. Eu sei de companhias que têm uma imensa pilha de documentos listando basicamente as coisas que eles querem incorporar no game.

Neste ponto, Tanabe ressalta que alguns documentos são necessários, mas que a Nintendo tem seus próprios caminhos.

Nós não começamos um projeto até que saibamos qual será o núcleo deste projeto. Uma vez que conhecemos a base, o coração do jogo, o elemento divertido dele, então começamos a criar os protótipos e jogar com ele, e adicionar elementos que façam dele um game divertido — o que podemos fazer para torná-lo uma experiência divertida. Neste processo, obviamente, muitas ideias são geradas, e algumas delas são descartadas ou seguem adiante.

De tudo o que fazemos para chegar a um game, simplesmente criar um game, é extremamente difícil para uma companhia de desenvolvimento entender a importância disso.

E esta é a principal razão que tendemos a trabalhar [com desenvolvedores] por longos períodos de tempo. Então podemos fazer com que eles entendam a filosofia e a ideia por trás do processo que realizamos na Nintendo. E para aquelas companhias que acabam entendendo nossas ideias, e concordando em trabalhar dessa forma, estas são essencialmente as companhias que trabalharão conosco pelos anos que virão.

E você, leitor(a), o que pensa sobre o diferencial Nintendo na hora de desenvolver os games que têm divertido e fascinado jogadores há mais de trinta anos? Ficou surpreso(a) com algum detalhe em especial da declaração feita por Tanabe? Comente!

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