Amor e Ódio: Super Mario Galaxy 2

Chega então mais uma edição do Amor e Ódio no Reino do Cogumelo, e com um título não tão esperado para ser visto por muitos, imagino. Mas, como prometido, essa é uma edição das galáxias, tratando de Super Mario Galaxy 2, a sequência mais esperada para um jogo 3D do encanador baixinho. Para os mais novos, o jogo foi lançado em meados de 2010, tendo até mesmo um relógio contador aqui no Reino do Cogumelo para marcar a data e hora exatas de seu lançamento - e por sinal, eu fui um dos muitos que ficou de olho nele até chegar o último 0. Prontos para decolar e descobrir novos mundos? Leia, e não se arrependerá!

Amor: A Sequência
Nunca em toda a história do multiverso houve dois jogos 3D do Mario em um único console. Desde Super Mario 64 em 1997, mariomaníacos de raça esperam desesperadamente por continuações, que não vieram tão cedo. Para GameCube em 2002 veio Super Mario Sunshine, se garantindo no console de mesa de 128-bits da Nintendo, e em 2007, Super Mario Galaxy marcou história no grandioso Wii, quebrando as barreiras da gravidade e da imaginação do mestre Miyamoto. Surpreendentemente, três anos depois vemos que a série Galaxy não acabou, o que resultou em mais um jogo intergaláctico para o mesmo console Wii, e é exatamente essa sequência que faz com que Super Mario Galaxy 2 seja um amor de game.

Ódio: Ausência de Rosalina
Rosalina, a princesa dos cosmos, marcou grande presença em Super Mario Galaxy como mãe das Lumas e protetora do Observatório de Cometas (Comet Observatory). Mas em Super Mario Galaxy 2, apesar de Rosalina ter suas aparições, estas foram poucas, e ela nem mesmo conseguiu um papel importante na história principal do game. Seu papel de protetora do observatório passou para Lubba, que agora guia o Starship Mario pelas galáxias para ajudar Mario em sua jornada. O problema, se é que pode se dizer assim, é que Lubba não tem uma história definida, ou seja, simplesmente chegou e foi entrando, ao contrário de Rosalina, a qual podemos ler toda a história na biblioteca do Observatório de Cometas do primeiro game.

Amor: Yoshi!
Nosso dinossauro favorito só apareceu uma vez em um jogo tridimensional da série Mario: Super Mario Sunshine, citado acima. Desde então, esperamos a volta de Yoshi num jogo 3D, e em Super Mario Galaxy 2 ele retorna como um dos principais novos elementos adicionados ao game. Com o uso do Wii Remote, fica muito mais fácil para o Yoshi degustar as frutas intergalácticas espalhadas por aí, e com isso, ganhar novos poderes, podendo desde flutuar, até correr em alta velocidade e brilhar como uma lâmpada, ajudando Mario na busca por Power Stars. Mais uma vez temos a parceria encanador-bichinho, dessa vez com gráficos estonteantes, o que é realmente lindo de se ver, e com certeza de se jogar.

Ódio: Galáxias Menores
Apesar da grande variedade de fases no jogo, estas se tornaram um pouco menores em comparação com as do jogo anterior, o que não é bem uma coisa boa, cá entre nós, já que a cada galáxia no primeiro game presenciávamos uma grande atmosfera, a qual explorávamos em busca de diversas estrelas para o Comet Observatory; número que podia chegar a 4 estrelas principais. Mas em Super Mario Galaxy 2, cada galáxia tem no máximo 2 estrelas principais para serem encontradas, com a adição de vários cometas e Green Stars, o que faz com que nos sintamos em meros Bonus Levels. É claro que essa considerável diminuição de tamanhos propiciou uma maior variedade de galáxias, mas, sei não...

Amor: Os Power-Ups
O jogo do Mario que mais apresentou power-ups foi, sem sombra de dúvidas, Super Mario Galaxy, com o Bee Mushroom, a Rainbow Star, o Boo Mushroom, a Ice Flower, dentre muitos outros. E em sua aclamada sequência, retornam muitos dos power-ups do antecessor, além de surgirem novos, como o Rock Mushroom e a Cloud Flower, que adicionam novas mecânicas interessantes ao jogo. A única contradição a respeito dos power-ups de Super Mario Galaxy 2...

Ódio: Sem Ice Flower
...é a ausência da Ice Flower, nossa querida flor de gelo. Em Super Mario Galaxy, quando ela era adquirida, Mario se transformava em uma escultura de gelo e podia andar sobre a água, congelando parte dela a cada passo. Infelizmente, essa mecânica foi abandonada no novo game, que apesar de parecer que não faria falta — afinal, Super Mario Galaxy 2 já tinha 8 power-ups, sem contar os do Yoshi —, fez sim, deixando muitos fãs da forma gelada de Mario decepcionados.

Amor: Navegação das Fases
Em Super Mario Galaxy 2, a navegação entre fases é bem mais rápida que em seu antecessor, no qual tínhamos que alcançar os respectivos Domes para visitar tal galáxia. Agora, basta pegar no timão do lindo Starship Mario e guiá-lo até a fase desejada, sem preocupações. O design do World Map também nos remete aos de Super Mario World e Super Mario Land 2: Six Golden Coins, trazendo de volta boas lembranças das respectivas séries.

Ódio: “World” Map
Está bem que o chamamos assim desde os primórdios da série Mario, mas sinceramente, acho que o nome “World Map” não convém muito bem para a série Galaxy. É meio estranho chamar um conjunto de galáxias de “mundo”. Pior ainda é você chamar um sistema solar de “Grande Mundo”. Na minha mais singela opinião, os nomes deveriam ser: “Galaxy Map” e “Grand Map” respectivamente, mas acho que a Big N não pensou nessa alternativa, trazendo uma antiga nostalgia de volta à série, mas meio que sem pensar.

Amor: As Músicas
Nem precisamos discutir esse ponto. Até mesmo aqueles que não curtem nem um pouco de música clássica — o que não é meu caso — se surpreenderam com a qualidade incomparável das trilhas de Super Mario Galaxy 2. As músicas estão no mesmo estilo de seu antecessor, só que agora, remodeladas, muitas vezes trazendo remixes de músicas de Super Mario World e até de Super Mario 64, clássicos épicos. Compostas por ninguém mais, ninguém menos que Koji Kondo, esse nos deixa ansiosos sobre que trilhas esperar em Super Mario 3DS — ou seja lá qual for o nome do game que está por vir para o portátil 3D.

Ódio: A história
Ainda menos elaborada que a história de seu antecessor, a história de Super Mario Galaxy 2 nos remete à mesma situação de sempre: Peach é sequestrada pelo rei Bowser, que a leva ao seu Reator de Galáxias para construir seu novo império. A única coisa de diferente que vemos ao todo é que Bowser está gigantesco, devido ao poder da Grand Star que ele adquiriu... e mais nada. Quer dizer, quase nada: eu já disse que Rosalina foi substituída por uma Luma roxa e gorda?

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Termina aqui mais um Amor e Ódio. Comentários são bem-vindos! Na próxima edição, vamos desdobrar muitos mitos e descobriremos o que realmente amamos e odiamos em mais um jogo do Mario, dessa vez para o grande Nintendo 64. Já sabe qual é? Fique ligado no Reino do Cogumelo, porque você não pode perder!